Páginas

visualizações do bloguer

domingo, 14 de outubro de 2012


14/10/2012 07h30 - Atualizado em 14/10/2012 09h14

Entrevistão: Adriano, Seleção, Copa, 




Mano... Os pitacos do tetra Jorginho

Auxiliar em 2010 e campeão em 94, técnico do Kashima usa experiência 
para alertar: Brasil tem que abrir os olhos, e Imperador precisa ser homem

86 comentários
O tetracampeão mundial e atual treinador Jorginho tem bastante história para contar. Com passagens por grandes clubes, como Flamengo, Bayer Leverkusen, Bayern de Munique, São Paulo, Vasco e Fluminense, o carioca de 48 anos tem uma forte ligação com a seleção brasileira, muito por conta da conquista com a equipe de Parreira em 1994. Teve também a Copa de 2010, quando integrou a comissão técnica de Dunga. Nesse ciclo recente, teve a oportunidade de se aproximar de Adriano, que, nas palavras do atual técnico do Kashima Antlers, vacilou e acabou “se punindo” com a ausência do Mundial. Esse, particularmente, é um assunto que mexe com o ex-lateral. Não a derrota para a Holanda na África do Sul, mas a situação em que se encontra o Imperador.
JOrginho kashima antlers (Foto: Divulgação)No Kashima Antlers, Jorginho diz que recebeu uma sondagem forte do Fla neste ano (Foto: Divulgação)
- Ele não pode fazer as mesmas besteiras. Tem que demonstrar que é o Adriano do Flamengo e precisa saber ser homem. Ser exemplo. Não pode mais faltar treinamento. Chega disso. As pessoas o amam, querem abraçá-lo. Isso aqui é papo de quem ama ele. Não o estou criticando, estou alertando. Tem que ser profissional, procurar tratamento psicológico. Não precisa de amigos que só querem o dinheiro dele. Precisa de pessoas que o amem - disse Jorginho, que revela que houve uma “forte sondagem” para comandar o Flamengo antes da chegada de Dorival Júnior.
JOrginho kashima antlers (Foto: Divulgação)Carioca de 48 anos, Jorginho está no comando do
Kashima desde o início do ano (Foto: Divulgação)
Crescido em Guadalupe, bairro da Zona Norte do Rio de Janeiro, ele, assim como o Imperador, sabe muito bem o que é deixar uma comunidade mais humilde para ganhar o mundo. Mas o capítulo Adriano integra apenas uma parte da coleção de histórias de Jorginho no mundo da bola. A Copa de 2010 merece uma menção à parte. Por exemplo, o critério usado por Dunga e sua comissão técnica para deixar a dupla Ganso e Neymar fora da África do Sul é outro tema que segue fresco na memória do treinador.
Se o passado já está escrito, o futuro ainda está sendo desenhado. E, quando se fala de seleção brasileira, o que aparece no horizonte é a Copa de 2014. Mesmo distante, ele acompanha a equipe de Mano e tem seus pitacos na ponta da língua. Jorginho diz que entende o treinador, mas vê duas falhas na preparação atual: o modo como a renovação de jogadores foi feita e o nível dos adversários brasileiros.
- É o momento de abrir os olhos. Precisamos enfrentar seleções de peso.
De sua casa no Japão, Jorginho conversou por telefone durante cerca de uma hora com a reportagem do GLOBOESPORTE.COM. Desde janeiro no comando do Kashima Antlers, clube pelo qual já havia defendido na época de jogador durante meados da década de 90, ele diz já estar habituado novamente à vida na Terra do Sol Nascente, após um período em Florianópolis à frente do Figueirense. Apesar da idolatria no país, o futuro ainda é incerto, e uma definição deve sair apenas no fim do ano. Confira algumas das histórias de Jorginho, e os personagens que protagonizaram sua biografia ao longo dos últimos anos.
GLOBOESPORTE.COM: após uma boa passagem pelo Figueirense, você retornou ao Japão no início do ano para assumir o comando do Kashima Antlers. Como está sua situação no futebol asiático?
 O Campeonato Japonês está muito embolado. Estamos em 13º na tabela, a sete pontos do G-4 e da zona do rebaixamento, e temos mais seis jogos. Peguei um momento de transição. O Oswaldo (de Oliveira, ex-técnico da equipe) mesmo falou que era normal, até porque a equipe mudou muito. Trouxemos o Renato Cajá, que deu uma melhorada sensível. E os resultados estão aparecendo. Na Copa Nabisco, estamos na semifinal contra o atual campeão, o Kashiwa Reysol, dos brasileiros Nelsinho Batista, Jorge Wagner e Leandro Domingues. O primeiro jogo ganhamos em casa por 3 a 2 (NR: neste sábado, o time de Jorginho empatou por 2 a 2 com o Kashiwa Reysol e garantiu vaga na final contra o Shimizu S-Pulse). Também tem a Copa do Imperador, que estamos na briga.

Nenhum comentário: